24 setembro 2011

Para delegada, pai de aluno que baleou professora não foi omisso




Amigos e familiares compareceram ao velório do estudante. Foto: Aloísio Maurício/Terra
Amigos e familiares compareceram ao velório do estudante
Foto: Aloísio Maurício/Terra
A polícia deve ouvir nos próximos dias o pai do aluno de 10 anos que atirou na professora e se matou em seguida na quinta-feira, dentro de uma escola em São Caetano. A principal linha de investigação do caso vai tentar desvendar se o guarda civil metropolitano Milton Evangelista Nogueira foi omisso, pois a arma pertencia a ele. De acordo como Milton, ela estava guardada na parte de cima de um armário. Independente do local da arma dentro de casa, a delegada responsável pela investigação, Lucy Fernandes, do 3º DP de São Caetano, não acredita que o pai do aluno seja responsabilizado pelo crime. "Esse tipo de omissão pode ser considerado, mas na minha concepção não foi esse o caso. Responsabilizar o pai pelo crime eu acho difícil, mas não é impossível", disse.
Segundo o Boletim de Ocorrência, Milton teria sentido falta da arma ainda na parte da manhã. Ao procurar o revólver, o guarda foi até a escola questionar os dois filhos se eles não teriam visto o revólver. Os dois negaram.
As primeiras informações fornecidas à polícia dizem que o menino era tranquilo e que não tinha problemas e nem sofria bullying na escola. De acordo com a delegada, nos pertences da criança foi encontrado um desenho que parece ser de uma arma, mas todos estes dados ainda vão ser analisados pela investigação.
Depoimentos
De acordo com a delegada, o depoimento da professora atingida seria hoje, mas foi adiado por causa do estado psicológico da vítima. "Eu iria começar ouvindo a professora, mas entramos em contato com o Hospital das Clínicas e ela não está em condições de conversar agora. Provavelmente não tomaremos esse depoimento hoje", disse.
A polícia vai ouvir pessoas próximas aos envolvidos para tentar entender a motivação do crime, que ainda é um mistério. "Eu já entrei em contato com a Secretaria de Educação e vamos ouvir, ainda hoje, a diretora da escola e outra professora dele", falou a delegada.
De acordo com o Boletim de Ocorrência, registrado no 3ºDP de São Caetano do Sul, a polícia ainda vai ouvir as crianças, acompanhada de psicólogos. Devido ao fator emocional, a delegada ainda não convocou familiares para prestarem depoimento, já que a criança ainda é velada e o enterro está programado para a tarde desta sexta-feira. "Não convocamos os familiares ainda porque eles não possuem condições de depor hoje", disse a responsável pela investigação.

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